domingo, 18 de outubro de 2009
Fome Zero reduziu a desnutrição infantil em 73%, diz ONG
Fome Zero reduziu a desnutrição infantil em 73%, diz ONG
da Reuters, em Roma ( Notícia da Folha de São Paulo )
O grupo ativista ActionAid divulgou relatório nesta sexta-feira elogiando o Brasil e a China pelos esforços feitos para combater a fome nos países. O documento cita o programa Fome Zero, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reduziu a desnutrição infantil em 73% e a mortalidade infantil em 45% no Brasil. A China reduziu o número de pessoas que passam fome em 58 milhões ao longo de dez anos.
domingo, 19 de julho de 2009
MORTALIDADE INFANTIL CAI PELA METADE EM SP EM 13 ANOS
Em 1995, a cada mil bebês nascidos vivos no Estado, 24,5 morriam até o primeiro ano de vida, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde
A mortalidade infantil caiu pela metade no Estado de São Paulo nos últimos 13 anos (1995-2008), segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde divulgadas ontem.
Os dados mostram que, em 1995, a cada mil bebês nascidos vivos no Estado, 24,5 morriam até o primeiro ano de vida. No ano passado foram 12,5.
A queda é expressiva, e segue tendência nacional, mas o indice ainda é alto se comparado com o de países desenvolvidos.
Exemplos: Japão (3), Itália (3), França (4), Canadá (5). Mesmo na América Latina há dados melhores: Cuba (5), Chile (8) e Costa Rica (10) - índices divulgados pela ONU como estimativas referentes a 2007.
Segundo o secretário da Saúde, Luiz Barradas Barata, com a redução, houve 5208 óbitos a menos em 10 anos no Estado.
O governador José Serra, que participou do evento de divulgação dos dados, disse que o avanço é "extraordiário" e consequência de políticas de ampliação do acesso ao pré-natal e da rede de saneamento básico. "Quando o esgoto não é tratado e aflora, contamina crianças, causa infecções."
Ruth Guinsburg, professora da Unifesp e membro do departamento científico de neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, diz que os avanços são positivos, "mas que ainda há uma série de mortes evitáveis, por diarréia, desnutrição".
A professora destaca que em comparação com o Brasil, São Paulo vai bem. No país, segundo o Ministério da Saúde, foram 19,3 mortes em 2007. São Paulo ganha de longe de Alagoas (41,3) e Maranhão (30,7). Mas parde do Distrito Federal (11,09) e Santa Catarina (12,46).
Uma ressalva importante que deve ser levada em conta nas comparações: União e SP não se entendem sobre os números. Enquanto a gestão Serra diz que em 2007 foram 13 bebês mortos a cada mil, o governo Lula diz que o correto no Estado é 14,61. A União diz que pode ter havido problema na atualização do dado.
Fonte: jornal O ESTADO DE SÃO PAULO
Data: 16/07/09
Jornalista: Talita Bedinelli
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Egoísmo
Clique no link abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=g39eG1mKFGQ
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Situação da fome na Nicarágua e Honduras
“Comigo é que não está”, diz Rivaldo Lopez, que engraxa sapatos no centro de Tegucigalpa.
“É um lixo o salário aqui no campo” - o desabafo do agricultor é ouvido em cada banca da feira da cidadezinha de La Esperanza, a 200 quilômetros de Tegucigalpa.
“O adubo está caro demais, a cebola está cara demais. Este ano, tudo está mais caro”, reclamam os moradores.
Estima-se que um milhão de hondurenhos já estejam vivendo nos Estados Unidos. Número espantoso para um país de sete milhões de habitantes. Sete de cada dez hondurenhos ganham menos do que US$ 2 por dia.
“Não há dinheiro para comprar comida”, diz o representante da Fao em Honduras, Compton Laurence. Ele aponta que o preço dos alimentos subiu muito no mundo todo, mas, de um ano pra cá, o preço dos insumos subiu ainda mais. As razões podem estar longe daqui, na especulação, na aumento da demanda, no preço do petróleo.
“Não querem me pagar”, a comerciante Adelina Gomez mostra o caderno do calote. Vendendo fiado, as pequenas mercearias estão falindo.
E o pau-de-arara, tem algum passageiro? Tem um cachorro como único passageiro Sem dinheiro nem para ir embora de San Marcos, María Orlana vai vivendo como dá. “Não tenho feijão em casa”, diz.
Pobreza e seca tiram crianças da escola no Maranhão
Sem chuva, sem água, famílias vivem em condições precárias. Mas as crianças são as que mais sofrem com estiagem.
A estiagem deixou a mata esturricada. Rios evaporaram e o sertanejo mata a sede com a água barrenta que restou nos açudes. Não chove regularmente há cinco meses no leste do Maranhão. A água é minguada na cozinha e nos potes. A seca maltrata a infância. A falta de água ameaça a saúde das crianças. "O médico disse que ela estava com três tipos de verme", conta a dona-de-casa Raimunda Maria Mendes Araújo. Meninos e meninas têm que andar longas distâncias a caminho de açudes e cacimbas. "A gente fica cansado, se arrebenta com esse tambor”, diz Ronan, de 11 anos. A estiagem no semi-árido dura em média seis, oito meses.
Na penúria da seca resta pouco tempo para ir à escola. Abastecer a família toda é uma obrigação que começa cedo e é prioridade no sertão. "Não estou fazendo o dever de casa porque o pai me mandou buscar água para ele banhar em casa", aponta Francisco Conceição, de 12 anos. Franciele, de apenas 7 anos, já tem que dividir o tempo entre os livros e o caminho do açude: “Não gosto de pegar água, porque canso”, confessa.
Dos alunos matriculados no ensino fundamental no Maranhão, 10% abandonam a escola, segundo o censo escolar do ministério da Educação. A maioria por causa do clima. Samuel da Conceição tem 13 anos e ainda tenta concluir a 3ª série: “Falto aula com freqüência para pegar água”, conta.
www.globo.com/bomdiabrasil
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Boas Noticias
América Latina reduziu índice de 55 para 27 mortes a cada mil nascimentos, constatou o Unicef SÃO PAULO - A taxa de mortalidade infantil diminuiu na América Latina e em outras regiões do mundo, atingindo seu menor nível histórico, segundo dados publicados, pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância e Adolescência (Unicef).
A taxa de mortalidade infantil entre as crianças com menos de cinco anos diminuiu em nível global para 9,7 milhões por ano, em comparação aos 13 milhões anuais que eram registrados em 1990, segundo o Unicef. "É um momento histórico", disse a diretora-executiva do Unicef, Ann Veneman, em comunicado à imprensa, porém, ainda é "inaceitável".
Segundo os dados desta instituição da Organização das Nações Unidas (ONU), os países latino-americanos e caribenhos "estão no caminho para alcançarem os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, com uma média de 27 mortes por cada mil nascimentos, diante das 55 por mil que tinham em 1990".
Segundo o relatório do Unicef, a redução generalizada da mortalidade infantil aconteceu por causa da adoção de medidas básicas de saúde, incluindo o aumento da vacinação de crianças, do uso de redes de proteção contra mosquitos da malária e da amamentação de recém-nascidos são algumas das razões que contribuíram para a queda. Os casos de pneumonia, diarréia e desnutrição severa foram reduzidos. Além disso, o acesso à água potável e à higiene teve uma melhora.
Ela afirmou que "hoje em dia sobrevivem mais crianças que nunca, e por isto é o momento de avançar na saúde pública para alcançar os objetivos de Desenvolvimento de Milênio". Um destes objetivos é reduzir em dois terços a mortalidade infantil entre 2010 e 2015, para que 5,4 milhões de vidas sejam salvas.
No entanto, a diretora-executiva da entidade disse que não queria mostrar "complacência" por estas conquistas e declarou que "a perda de 9,7 milhões de vidas por ano é inaceitável". Segundo Ann Veneam, a maior parte das mortes poderia ser prevenida e há soluções para isto.
"Sabemos que as vidas destas crianças podem ser salvas se elas tiverem acesso a serviços sanitários em suas comunidades, que devem estar apoiados por um sistema forte", acrescentou. "Os progressos são possíveis caso se atue com urgência".
O Fundo da ONU para a Infância (Unicef) declarou que os dados obtidos foram apresentados por países, que realizaram pesquisas em 50 países entre 2005 e 2006.
http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid51072,0.htm
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Mortalidade Infantil consiste no óbito de crianças durante o seu primeiro ano de vida e é a base para se calcular a taxa de mortalidade infantil observada durante um determinado período de tempo, normalmente um ano, referida ao número de nascidos vivos do mesmo período.
Para facilidade de comparação entre os diferentes países ou regiões do globo esta taxa é normalmente expressa em números de óbitos de crianças com menos de um ano, a cada mil nascidos vivos.
O índice considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 10 mortes para cada mil nascimentos.
A Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) descreve o número de mortes de crianças menores de 1 ano, em cada grupo de mil nascidas vivas. É o índice dos óbitos neonatais, ou seja, de bebês com até 27 dias, e pós-neonatais, de bebês entre 28 dias e 12 meses, em determinado município e período de tempo.
Mais do que um indicador de saúde, é um indicador sócio-econômico, refletindo as condições de vida de uma região.
As causas da mortalidade infantil são de ordem biológica, sócio-econômica e sócio-ambiental. O organismo infantil, por estar em formação, tem capacidade de defesa reduzida.
Questões como ausência de serviços básicos de saneamento e saúde - especialmente o atendimento pré-natal e a assistência ao parto e pós-parto - contribuem decisivamente para o aumento da TMI nos municípios e demonstram a falta de políticas que promovam o direito à sobrevivência e ao desenvolvimento integral das crianças.
Dentre as causas da Mortalidade Infantil na América Latina, a desnutrição é uma das maiores e mais graves causas de mortalidade.
Desnutrição é o nome que se dá a doença causada pela baixa ingestão de proteínas, carboidratos, vitaminas, lipídios e sais minerais de modo geral. Também pode ser causada pela incapacidade do organismo absorver corretamente os nutrientes dos alimentos que ingere.
A desnutrição infantil na América Latina se agravara por causa da carestia de alimentos, apesar de a região produzir muito mais comida do que a que consome. Segundo Dr. Eduardo Atalah, médico e subdiretor do departamento de Nutrição da Faculdade de Medicina da Universidade do Chile: "Na erradicação da desnutrição infantil, se joga o futuro dos países. O grande drama é a mãe grávida e a criança menor de três anos. É aí onde se fazem necessários todos os esforços.O resto é perfumaria."
Atalah é um dos autores do estudo "Análise das melhores práticas recentes na América Latina em políticas de nutrição para cumprir os objetivos de desenvolvimento do milênio", encomendado pela Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe), e cuja versão preliminar foi divulgada na conferência de Santiago. A crise dos alimentos pode afastar a possibilidade de se alcançar o primeiro desses objetivos: reduzir pela metade a porcentagem de indigência e de fome até 2015. Esses objetivos foram estabelecidos pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 2000, tomando como referência os dados de 1990.
A desnutrição na infância, indicada pelo comprometimento severo do crescimento linear e/ou pelo emagrecimento extremo da criança, constitui um dos maiores problemas enfrentados por sociedades em desenvolvimento, seja por sua elevada frequência, seja pelo amplo espectro dos danos que se associam a tais condições.
Conforme relatório do Unicef(Fundo das Nações Unidas), no 5o.Informe da Situação Mundial da Nutrição, do Comitê Permanente da Nutrição das Nações Unidas, de março de 2004, as causas e as consequencias da Desnutrição na
América Latina:
- Na América Latina, os índices mais altos de desnutrição crônica estão na Guatemala (46%) e no Haiti (32%).
- Em todos os países da região, a desnutrição afeta principalmente as populações rurais, as mais pobres e as crianças mais excluídas, entre elas, as comunidades indígenas e afro-descedentes.
- Nas comunidades indígenas, o índice de desnutrição das crianças pode chegar a 70%. Aos 9 anos de idade, muitas meninas da América Central são 15 centímetros mais baixas do que as meninas que apresentam crescimento padrão de referência da OMS. Este quadro é praticamente irreversível.
- Ainda segundo o Unicef, a desnutrição atinge 146 milhões de crianças e é a causa da morte de 5,6 milhões por ano, dados estes de 2 de maio de 2008.
Segundo estudo realizado, 27% da população infantil que vive nos países em desenvolvimento tem um peso inferior ao normal, o que significa que cerca de 146 milhões de crianças estão subnutridos.
Agradecemos ao Prof. Donizete Soares, por ter nos dado a oportunidade de conhecer mais sobre a América Latina. Este trabalho nos fez enxergar que a desnutrição é um problema grave, não só no Brasil mas em vários países da América Latina.
Aos consulados da Argentina, Chile, Bolívia e Costa Rica, que nos atendeu prontamente e com muita presteza.
Sites:
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS)
www.fomezero.gov.br/noticias/estrategias-fome-zero-apresentada-no-chile
http://www.parana_online.com.br/
www.noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2007/12/31/ult766u25200.jhtm
www.jornallivre.com.br/197528/tudo-sobre-desnutricao.html
www.revistamissoes.org.br/artigos_ler.php?ref=2431
http://www.indexmundi.com/
www.eclac.cl/mdg/obj_1graf_ref_es.html
http://mercadoetico.terra.com.br/
http://www.cepal.cl/
Livros e revistas:
A dimensão da pobreza, da fome e da desnutrição no Brasil, Monteiro CA. Revista do Instituto de Estudos Avançados da USP 9: 185-207, 1995
Artigo: Dr. Carlos Augusto Monteiro - Titular de Depto. de Nutrição de Saúde Pública da USP.
Relatório da Unicef, sobre Nutrição e Direitos da Criança na América Latina
Organização Pan-Americana da Saúde. Situação da saúde nas Américas: Indicadores básicos, 2006. Washington, D.C.: OPAS; 2006.